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Presidente da Fundação Palmares fala sobre respeito a manifestações religiosas

A intolerância é um processo atualizado da resistência em reconhecer e respeitar as manifestações religiosas vindas de matriz africana. Foi dessa forma que a presidenta da Fundação Cultural Palmares, Cida Abreu, definiu o problema histórico no Brasil. No último dia 12, três templos religiosos de candomblé foram atacados nas cidades de Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas e Valparaíso de Goiás, todas a aproximadamente 50 quilômetros de Brasília.

 

Para mobilizar, denunciar e salvaguardar os terreiros,  Cida Abreu reuniu-se na última sexta-feira (18) com o Procurador da República no Estado de Goiás, Marco Túlio de Oliveira e Silva. Na ocasião, formalizou pedido de providências em virtude da denúncia recebida por uma comissão de lideranças religiosas e pediu atenção na investigação dos casos de ataques ocorridos. 

 

"Nossa ida até Goiânia é para exigir o monitoramento desses órgãos de investigação. Temos casos de ataque em todos os lados no Brasil e precisamos que o caso – próximo – a Brasília seja referência para que outros estados denunciem. Através dessas denúncias vamos monitorar os ataques e a eficácia dos órgãos de controle", explica a presidenta da Fundação Palmares.

 

Hoje, a intolerância coloca em risco um patrimônio ancestral que se vale pela oralidade. As religiões de matriz africana são passadas tradicionalmente de uma geração para a outra. A perseguição através de atos violentos, além de ferir a Constituição, que prevê o zelo pela defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos, a garantia da liberdade de crença, o livre exercício de cultos religiosos e a proteção do patrimônio material e imaterial de matriz africana, também fere a liberdade de manifestação religiosa e o patrimônio cultural ancestral africano.

Cida Abreu destacou que a Palmares e o Ministério da Cultura estão dispostos a defender o patrimônio afro brasileiro, e também apoiar todas as religiões que sofram qualquer ataque de intolerância.

 

 

 

Mariana Menezes

Assessoria de Comunicação

Ministério da Cultura

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