top of page

O PAPEL DA MULHER NA

MEMÓRIA

  Em comemoração ao mês da Consciência Negra e com o objetivo de discutir o papel da mulher e sua importância enquanto detentoras e transmissoras do patrimônio cultural, o IPHAN/PA em parceria com a Associação dos Agentes de Patrimônio da Amazônia (ASAPAM) promove o I Colóquio sobre Patrimônio, Gênero e Saberes Tradicionais, integrando a programação da Semana do Patrimônio Paraense 2016 (SPP 2016). O evento é gratuito e poderá ser acompanhado via internet.

 

  A ideia do Colóquio surgiu a partir de discussões levantadas por mulheres capoeiristas durante os encontros regionais de salvaguarda da capoeira no Pará. Os encontros regionais aconteceram no período de novembro de 2015 a abril de 2016 e abarcaram cerca de 80 municípios do estado. Em todas as etapas a questão de gênero emergiu.

 

   “Trata-se de assuntos, de temas que surgiram como demanda das próprias detentoras e daí a importância em atender esta primeira abordagem do tema. Nestas duas Rodas de Conversa iniciais teremos convidadas especialíssimas. No primeiro encontro o tema será Capoeira e Mulher, conduzida pelas mulheres que fazem parte do Comitê Gestor da Salvaguarda da Capoeira no Pará e terá como convidada a Mestra de Capoeira Janja (BA), que também participará da segunda roda. No segundo encontro o tema será Detentoras do Patrimônio Imaterial Paraense, que além da presença da mestra baiana, contará com a participação uma mestra de carimbó, artesã de cuias do Baixo Amazonas e de mulheres capoeiristas, que juntas estarão discutindo um pouco do seu cotidiano, sua experiência enquanto mulheres que são detentoras do patrimônio cultural brasileiro” pontua Cyro Lins, técnico da área do Patrimônio Imaterial (IPHAN/PA).

 

  Entre as convidadas estão mulheres capoeiristas que integram o Comitê Gestor de Salvaguarda da Capoeira no Pará, como: Zeneide Gomes, Gisele Tsunami, Jamile Pretta, Denilce Sereia e Andreza Miudinha, e de outras detentoras do patrimônio cultural como: Mestra Maria de Nazaré do Ó Ribeiro (Carimbó) e Lélia Almeida (Artesã de Cuia). Além da presença das mulheres paraenses, estará presente também no evento a Mestra Janja Araújo, capoeirista do Grupo Nzinga de Capoeira Angola e Coordenadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher/UFBA.

 

A IMPORTÂNCIA DO REGISTRO

 

  A partir do contato e do compartilhamento de vivências por meio das salvaguardas de outros bens culturais registrados pelo IPHAN no estado do Pará, percebeu-se que a presença e participação feminina na manutenção e reprodução dos bens culturais registrados demanda reflexões por parte da instituição, em conjunto com outros órgãos e a sociedade civil, de modo a promover a equidade de gênero no âmbito das políticas públicas de incentivo, reconhecimento e valorização do patrimônio cultural.

 

  “Acredito que um espaço como este é essencial. É importante porque divulga, fortalece, amplia a autoestima do detentor, de quem produz ou reproduz os bens relativos ao patrimônio imaterial. Também permite avanço, no sentido da estabilização dessa salvaguarda, da emancipação das comunidades, para que elas tenham total capacidade de continuar a reproduzir seu patrimônio. A Capoeira, por exemplo, se a gente pensar, na década de 30 o capoeirista era perseguido e hoje, é patrimônio da humanidade. É uma maneira do Estado se retratar, de valorizar a sociedade” destaca Marina Lacerda, do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI/IPHAN).

SERVIÇO

I COLÓQUIO SOBRE PATRIMÔNIO, GÊNERO E SABERES TRADICIONAIS

Data: 22 e 23 de novembro de 2016

Local: Auditório do IPHAN 

Av. Governador José Malcher, esquina da Travessa Benjamin Constant

Maiores informações visite o blog do IPHAN PARÁ Rede Casas do Patrimônio – Pará

Assista as Rodas de Conversas clicando AQUI

Por Afonso Gallindo/Comunicação RRN

bottom of page